Neste JMJ comBosco Mariana Lagoas e Henrique Laureano entrevistam Elsa Fontão, que participou na Jornada Mundial da Juventude de 1991, em Częstochowa, na Polónia.
Recordando a sua participação, Elsa destaca a “difícil logística” de participar num encontro deste tipo, num país tão “fechado”, como era a Polónia. Depois da sua participação nesta JMJ de 1991, Elsa comprometeu-se com uma participação “mais intensa” na sua paróquia: como catequista, como leitora, e, mais tarde como ministra da comunhão.
Para Elsa Fontão, os jovens que vão ter o privilégio de participar na próxima JMJ, que terá lugar em Lisboa, em 2023, devem “aproveitar ao máximo”, isto porque uma participação deste tipo fica para sempre “cravada no coração”.
Mariana – No programa de hoje temos, connosco, uma participante das Jornada Mundial da Juventude de 1991.
Henrique – Muito bem-vinda. Fale-nos um pouco sobre si.
Elsa – O meu nome é Elsa Maria Barrosa Pinto Fontão, tenho 55 anos e moro na freguesia da Madalena em Vila Nova de Gaia.
Sou licenciada em Ciências Históricas, pós-graduada em Museologia e em Gestão do Património Autárquico. Sou funcionária na Câmara Municipal de Gaia e exerço funções como Diretora de um equipamento cultural. Sou solteira, não tenho filhos e sou, ainda, leitora e ministra extraordinária da Comunhão.
Mariana – Começo por lhe perguntar o que a levou a participar na Jornada Mundial da Juventude de 1991, que teve lugar em Czestochowa, na Polónia?
Elsa – Queria repetir a experiência maravilhosa vivida em Santiago de Compostela nas Jornada Mundial da Juventude de Santiago.
Henrique – Pergunto se naquela altura a participação num encontro desta dimensão era fácil, especialmente, tendo sido o primeiro encontro aberto a jovens oriundos da Europa Oriental.
Elsa – Não fazendo parte da organização, percebi que a logística era complexa, ainda para mais num país como a Polónia, com tão pouca abertura ao mundo.
Mariana – Já tinha ouvido falar da Jornada Mundial da Juventude?
Elsa – Sim, e até já tinha participado na Jornada Mundial da Juventude, que decorreu em Santiago de Compostela, em 1989.
Mariana – Como é sentir que não estamos sós, que há tantos, como nós, que partilham deste amor a Deus?
Elsa – Senti uma alegria e felicidade imensa, vivendo intensamente ao longo de todos os dias em que decorreu esta Jornada.
Henrique – Elsa, sentia que, naquela altura, o Papa João Paulo II desafiava todos os jovens a serem protagonistas de um mundo novo?
Elsa – Sim, sentia. Era exatamente esse desafio que nos movia e nos transformava.
Mariana- E o que é que mais a impressionou nesta JMJ?
Elsa – A escolha do país onde decorreu esta Jornada, com um passado tão martirizado e de sofrimento.
O esforço deste povo que nos acolheu tão bem para que não nos faltasse nada, o calor humano e o espírito de todos os participantes.
Henrique – Sentiu que tinha realmente como missão, ser mensageira da Boa Nova da Salvação, como dizia o Papa? Pergunto, também, o que é que mudou na sua vida depois da participação nesta Jornada?
Elsa – Comecei a ter uma participação muito mais intensa na minha paróquia, como catequista, leitora e ministra extraordinária da Comunhão.
Mariana – Depois dessa jornada, participou em mais alguma?
Elsa – Não.
Henrique – Por fim, pergunto que mensagem quer deixar aos jovens que se estão, neste momento, a preparar-se para a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023.
Elsa – Que aproveitem ao máximo esta oportunidade que nunca mais se esquece, e que fica cravada na nossa carne e no nosso coração.