O Miradouro Portal do Sol foi o palco onde os Tambóra animaram uma arruada.
No dia 4 de agosto, os Tambóra animaram uma arruada no Miradouro Portas do Sol, integrado umas das muitas iniciativas do Festival da Juventude promovido pela Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJ).
Ninguém ficou indiferente aos ritmos contagiantes deste grupo de percussão formado por crianças e jovens do Bairro Fim do Mundo, no Estoril.
Quando receberam o convite para fazer parte do maior encontro de jovens do mundo, não hesitaram em aceitar. “Era uma excelente oportunidade para os miúdos”, diz-nos Pablo Fortes, coordenador da Ludoteca da Galiza, um Centro Educativo coordenado pelas Filhas de Maria Auxiliadora. Nos Tambóra, a música é a ferramenta educativa que permite trabalhar nos miúdos “competências fundamentais como o compromisso, a partilha e o respeito”, completa.
O coordenador dos ensaios, Hugo Fonseca, é quem vai orientando as crianças durante as atuações. Através de um apito, dá as indicações necessárias para que se alterem ritmos ou prolonguem os compassos.
Os Tambóra nasceram em 2004. Perante a inexistência de propostas musicais na Ludoteca da Galiza, Pablo Fortes começou por dinamizar workshops nesta área, procurando cativar os miúdos para a percussão. “Mas no início havia alguma inércia”, explica, e eu tinha de estar sempre a animar a malta com a expressão “embora”, no sentido de vamos lá!”. E foi precisamente desta expressão que nasceu o nome do grupo que junta as palavras tambor e embora.